quarta-feira, abril 30, 2008

Hoje acordei assim

terça-feira, abril 29, 2008

1.3

Um dia destes, o sol há-de entrar no meu quarto e, em vez de partir ao fim da tarde, vai ficar comigo até chegar a eternidade...

Na mouche!

- Meu caro Kafka, a maioria das pessoas chega a um ponto na vida em que já não se pode voltar atrás. E, em raríssimos casos, a um ponto em que já não é possível avançar. E quando se chega a esse ponto, não temos outro remédio senão aceitar calmamente o facto consumado. Só assim é que se sobrevive.

Haruki Murakami, in Kafka À Beira-Mar

Zbufens...

Esta cada-vez-mais-miserável tasca decidiu nomear-se para os SUPER BLOG SUPER FLOP awards, cujo vencedor será anunciado todos os dias, a partir de hoje, num canto da imaginação perto de si...

sábado, abril 26, 2008

Desejo:

Que este calor seja eterno enquanto dure!

sexta-feira, abril 25, 2008

quinta-feira, abril 24, 2008

Treslendo...

Às vezes, as palavras são como as pedras: por mais que se escreva, nunca se diz metade do que se pensa. As pedras também hão-de servir para alguma coisa; não sei é se vamos a tempo de descobrir o quê.

Sem tempo

O mundo chegou ao pé de ti e, envergonhado pelo que tinha perdido todos estes anos, deu um passo atrás. 



Foi nessa altura que eu levantei o braço e, do meio da multidão, gritei: "És meu!"

quarta-feira, abril 23, 2008

Postal Free

(Assumidamente roubado daqui. Hei-de voltar para novo saque...)

Yes, I do blog, but...

I'M NOT AVAILABLE ON THE NET.
(it's a shame, isn't it?)

Outro dia

O que é que a memória dos outros guarda de nós?

terça-feira, abril 22, 2008

"My Blueberry Nights"

Há filmes tão maus que nos obrigam a tentar postar merda durante esse redemoinho incessante que são as imagens em movimento...

i-não-pod

A banda sonora da minha vida está congelada durante os próximos episódios.

YouTube XII: Let's look at the trailer...

sexta-feira, abril 18, 2008

... e voltei a respirar...

Uma hora e picos de conversa no MSN, não sei quantos meses depois, e caput: mais um segundo, e morria de saudades dos meus amigos, da minha vida pré-não-sei-ainda-bem-o-quê, das minhas coisas de sempre; do ar que respirava, dos cigarros que apagava, das discussões que tinha, do cheiro a amizade velha, a amizade para a vida, da cumplicidade de um passado comum, de vida vivida no sujo da terra batida. Isto de viver fora cá dentro custa mais do que pensava.

Any given friday

Um dia atrás do outro, um dia de cada vez, mas continuo sempre refém de mim própria.

Post secret? Post shared.

sábado, abril 12, 2008

Do que tenho aprendido

Ama-se alguém quando se sente o corpo dobrado em pedaços de cada vez que o outro vai embora. Ama-se alguém quando se chora, a qualquer hora, por tudo e por nada. Ama-se alguém quando queremos dar o melhor de nós. Mas só se ama alguém se também dermos o pior. Ama-se alguém quando um dia não chega para gastar sorrisos, ou quando uma noite é mais curta que a chama de um cigarro. Ama-se alguém quando se perdeu o medo. Ama-se alguém quando o medo se multiplicou. Ama-se alguém quando a dor do outro é a nossa dor, ou quando a fome do outro é a nossa fome. Ama-se alguém quando, de mãos dadas, se procuram escadas para o vazio. Ama-se alguém quando se duvida de tudo, mas também quando não se acredita em nada. Ama-se alguém quando, a meio de uma discussão, a nossa vida deixa de fazer sentido. Ama-se alguém quando se anseia pelo beijo não dado, ou pelo abraço perdido. Ama-se alguém quando as coisas mais ridículas nos passam a fazer sentido. Mas só se ama alguém quando aquilo que rejeitávamos agora recebemos de braços abertos. Ama-se alguém quando não se disse tudo e o mundo acaba. Ama-se alguém quando se sofre até as veias rebentarem de dor. Ama-se alguém quando se vive à espera. Ama-se alguém quando os pensamentos do outro são os nossos pensamentos. Ama-se alguém quando o olhar do outro não quer sair do nosso próprio olhar. Ama-se alguém quando se diz a primeira palavra. Ama-se alguém quando se quer mais vida do que esta. Ama-se alguém quando o acordar só faz sentido a dois. Ama-se alguém de manhã, à tarde, à noite, de madrugada, a qualquer hora ou minuto. Ama-se alguém quando se ama a toda a hora. Mas só se ama alguém quando o adeus nos esmaga contra uma parede. No fundo, só se ama alguém quando o outro já somos nós, e foi um só que escreveu isto... 

"Qualquer pessoa dá um homicida qualquer"

Menos eu. Eu não dou homicida coisa nenhuma. Eu nem aspirante a camionista, quanto mais... É verdade que a ocasião faz o ladrão e que até uma carmelita em apuros dos grandes pega numa pistola e faz bang-bang. Se tiver pistola, lá está. Eu também não tenho, mas longe, muito longe de mim ser carmelita... Sim, com facas também se manda gente desta para melhor, e com sacos plásticos, e com pontapés, só que o pressuposto homicida tem de ser uma pessoa normal. Ora é exactamente isso que eu não sou. Além de todas as características bizarras de que se devem ter apercebido ao longo destes dois anos, a par das minhas não menos estranhas divagações, tudo o resto que não lêem (e, por isso, não vêem), não é normal - além dos meus dois dedos sapudos, herança genética sempre provocadora de reacções à base do "aaaahhh", "ooohhh", "tão... diferentes", ainda consigo a proeza de me darem sempre uma carrada de anos a menos dos que carrego às costas. É mau? Não, até é simpático saber que tenho os 27 ao virar da esquina e me dizerem, sempre-sempre-sempre, que pareço bem mais nova. Mas daí até me darem "16 anos, no máximo", a coisa já deixa de ter piada. Sim, porque aos 16, eu era uma habitante da parvónia no auge da inocência e, caramba, dez anos e tal depois o mudou já deu não sei quantas voltas! "16 anos no máximo"?! Onde é que a senhora tinha deixado a nave?! Escrito isto, a minha questão é: quando é que me levam a sério? quando é que me tratam REALMENTE BEM num café, restaurante, sem pensarem que sou uma teenager inconsequente? quando é que nas discussões de trânsito só me apetece tirar a carta da mala para esfregar nos olhos do taxista que tenho oito anos de volante? quando é que, numa sala cheia de gente, termina o silêncio profundo assim que alguém diz que tenho 26 anos, e tudo o que é ser humano usa a sua maior cara de espanto, como se visse em mim a Virgem Maria? Eu sinto-me óptima por estar tão bem conservada, passe a humildade, e todos os dias agradeço à Mãe-Natureza os fantásticos genes que me deu. Mas que porra... Quando é que finalmente serei uma pessoa qualquer, daquelas que dão um homicida qualquer?!    

sexta-feira, abril 11, 2008

Para acabar com os equívocos...

Domingo passado, sete e meia, Mummy no visor do telefone, tecla para atender e do outro lado o espanto: "Que história é essa de ires casar? A Sofia leu no blog e contou-me tudo!". Certo. Ainda bem que não viu no 24 Horas, senão estava feita... O mal-entendido lá se resolve em meia dúzia de palavras. No entanto, hoje, sexta-feira, 11 de Abril, dez dias depois de ter publicamente assumido que ia casar, os e-mails e sms de felicitações continuam a chegar. Obrigada pelas vossas palavras, repitam tudo daqui a uns anos, sim? É que o simples facto de ser 1 de Abril e, como tal, dia das mentiras (piedosas), aproveitei para não acrescentar as palavrinhas mágicas que dariam um sentido totalmente diferente à frase. Querem ver como ficava? Era assim:

UM DIA, NUM DESTES ANOS, VOU-ME CASAR!!! 

terça-feira, abril 08, 2008

Labirinto(s)

Basta um passo em falso... e a saída nunca mais será a mesma.

Escrevedora da farinha amparo

Quando era pequena, desenhava letras no ar. Depois, comecei a passá-las para um caderno. Hoje, é o computador que trata delas por mim. No fim, hei-de acabar a escrever letras no chão.

domingo, abril 06, 2008

Fragmentos de tempo: do it yourself


MOMENTO

do Lat. momentu

s.m.,
espaço pequeníssimo de tempo;
ápice;
instante;
tempo ou ocasião em que alguma coisa se faz ou acontece;

sábado, abril 05, 2008

Mesmo não concordando, é lindo...

Have you ever been in love? Horrible isn't it? It makes you so vulnerable. It opens your chest and it opens up your heart and it means that someone can get inside you and mess you up. You build up all these defenses, you build up a whole suit of armor, so that nothing can hurt you, then one stupid person, no different from any other stupid person, wanders into your stupid life...You give them a piece of you. They didn't ask for it. They did something dumb one day, like kiss you or smile at you, and then your life isn't your own anymore. Love takes hostages. It gets inside you. It eats you out and leaves you crying in the darkness, so simple a phrase like "maybe we should be just friends" or "how very perceptive" turns into a glass splinter working its way into your heart. It hurts. Not just in the imagination. Not just in the mind. It's a soul-hurt, a real gets-inside-you-and-rips-you-apart pain. Nothing should be able to do that. Especially not love. I hate love.
The Sandam, Neil Gaiman (encontrado aqui)

As (verdadeiras) putas

Eu acho que existe um grande equívoco quanto à definição de putas. Normalmente diz-se que é puta qualquer mulher que ande na rua a tentar vender o seu corpo em troca de favores sexuais ou, então, as normalmente conhecidas por acompanhantes, meninas lindas de morrer que vão com senhores doutores a uns jantares muito-mas-muito-importantes, fazem-lhe um bico, e voltam para casa (algumas, com sorte, conseguem ficar com o vestido), como se tivessem vivido o seu momento Cinderela. Ora eu acho que é exactamente o oposto. Chamem a estas mulheres o que quiserem, mas acima de tudo respeitem-nas, pois não são mais que elas - a verdade é que as grandes cabras estão entre nós. Se as prostitutas são putas por porem o corpo à disposição deste e daquele em troca de dinheiro, as vacas que não andam pelo Intendente e afins são putas por muitas outras razões. A maior diferença, é que as primeiras dão a cara, e as segundas não; as primeiras assumem-se, e as segundas não; as primeiras dormem com vários homens para pagar as contas, e as segundas fazem-no porque o namorado está gordo, porque não foram de férias para Cancun, ou para provar à amiga que são melhores que ela; as primeiras chamam a atenção porque precisam que olhem para elas, as segundas querem chamar a atenção porque se acham o centro do mundo; as primeiras ajudam as amigas em apuros, as segundas espetam-lhe uma faca nas costas; as primeiras juram vingança do cliente que bateu à colega, as segundas procuram o namorado-traidor, porque é giro, rico e filho de boas famílias; as primeiras guardam um segredo, as segundas espalham-no; as primeiras dão conselhos, as segundas dão ratoeiras.
Este exemplo não serve para todo o universo de mulheres, obviamente. É apenas uma amostra. Que, com pena minha, vai crescendo ano após ano. O que não faltam para aí são putas. Eu conheço bastantes. Algumas já me foderam bem mesmo sem eu ter pago nada...  

As pseudo-miúdas do século XXI

sexta-feira, abril 04, 2008

O que não escrevi

Ando ausente. Escrevo pouco. Por vezes, posts sem interesse nenhum. Nem pareço a velhinha Miss K., sempre com vontade de encher a blogosfera com as suas ideias impossíveis e os seus dramas diários... É verdade, eu não tenho escrito muito. Isso acontece por três razões: tenho demasiadas coisas que gostava de partilhar com vocês, e infelizmente não posso. Além disso, não saberia como traduzi-las para linguagem falada/escrita. Last, but not least, acho que quando não se tem nada a dizer o melhor é ficar calado. 

terça-feira, abril 01, 2008

E de repente, quando nem eu esperava...

... a minha vida dá uma volta de 180 graus e:

VOU CASAR!!!