quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Amor?

Tornei-me cínica em relação ao amor. Hoje é um sentimento que trato por tu, e agora o respeito decresce de mim para ele. Já não lhe faço grandes favores - ou pelo menos evito tentar fazer favores impossíveis. Não vale a pena. Os sapos que cruzaram o meu caminho ensinaram-me mais do que o pequeno príncipe em que tropecei. Deixei de acreditar nos para sempre e no all you need is love - all you need is you, isso sim me parece provável. Tornei-me cínica em relação ao amor. Descobri que ele não está em todo o lado, nem surge a toda a hora. É preciso espaço para se conseguir amar. É preciso tempo. O amor exige muito só que não promete nada. Temos de nos lembrar disso antes de cada lágrima. Não parei de acreditar no amor. Apenas lido com ele de uma forma prática. O coração também não bate sempre da mesma maneira, não é? No final não passa tudo de uma iusão. Por isso há momentos em que não amar é amar na mesma. 

16 comentários:

Anónimo disse...

do Lat. amore

s. m.,
viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos;
inclinação da alma e do coração;
objecto da nossa afeição;
paixão;
afecto;
inclinação exclusiva;

Sei que não é este amor que tens em mente mas sabe sempre bem recorda-lo e este aposto que quase toda a gente o sente muitas vezes durante o dia,pelo menos eu sinto, só tenho pena de cortar e depois perco-me.
Mas é isso, esse é uma ilusão.

MissKitsch disse...

Amar com consciência é muito bom. Amar quem se escolhe e como se escolhe, é melhor.
Também já não há pacîência para aquela amor desbragado... pelo menos para quem já levou um tombo ou outro.

Anónimo disse...

Quem quer passar além do Bojador, tem que passar além da dor...

nunca deixes de tentar Miss K.

Melancia disse...

Concordo plenamente. Não acho que estejas a ser amarga ao escrever este post. O amor simplesmente não é como nos querem fazer acreditar através dos media. Não sou uma romântica incurável, longe disso, sou muito mais terra-a-terra. Sou daquelas pessoas que acredita em "Gosta-se, desgosta-se!", é tudo uma questão de treino e vontade. E não é por pensar deste modo que deixo de viver apaixonadamente, de andar nas nuvens quando tropeço no amor ou em algo que pode vir a ser amor :)

Miss Glitering disse...

Concordo e tenho, hoje, essa visão do amor. Nesta fase não amar é tb amar. Já não se ama como antigamente, essa é a verdade.

BrokenAngel disse...

Há pessoas mais "terra-a-terra" e há pessoas mais "lamechas"... e é preciso este equilíbrio... e tod@s devemos passar por esses dois tipo de existência para com o amor...

Eu sou uma pessoa muito lamechas, eqilibrada por quem tenho ao meu lado, muito terra-a-terra...

E com isto recebemos e trocamos o que precisamos para obter o equilíbrio...

Desiludid@s com o amor? Tod@s nós temos esses momentos... para que ao senti-lo verdadeiramente seja tão especial...

:)

Paulo Barros Cardoso - P.B.C. disse...

Como sempre gosto dos teus textos, retórica, sensibilidade assanhando o verbo. E entendo a razão de assim, aqui o apresentares; o amor romântico, a desilusão de quem espera correspondência, as mágoas do sonhar perfeição na reciprocidade da entrega, o aconchego do equilíbrio entre o desejado e o obtido, coisas que desde tempos imemoráveis escritores, filósofos e poetas tentam versar…

Mas o amor não dói nem encarcera; liberta. O amor não exige nem julga; concede. O amor não isola nem rejeita; aproxima. O amor não é não amar; é unicamente amar, entre tanto do mais que faz do dele a pacificação dos sentimentos mais rebelados, por ventura paixão e catarses alimentando românticos no medo de se despirem dos seus egos; como eu quando em desequilíbrio, quando não aceitando o outro tal como é, nas suas opções, imperfeições, integridade, não sabendo amá-lo, amar-me, pretendendo amar quando pouco mais conheço que o desamor, quando lhe quero atribuir significados e significantes que não lhe cabem porque, como alude o postal, atemoriza-me amar como se nunca tivesse amado, atemoriza-me libertar-me de mim para aceitar o outro…porque não sei o que é amor… e muito mais que o torna menos…

Madame Butterfly disse...

Sim, os sapos que se tem cruzado no meu caminho também me ensinaram a mesma lição. Continuo a amar mas com uma boa dose de autodisciplina mental. Não sabe ao mesmo mas verto menos lágrimas.

PrimaNocte disse...

Grande post!

Mozambique greetings!

Pedro Jordão disse...

o amor não é ilusão. mas nem sempre aquilo a que chamamos amor o é. de resto, não há uma maneira prática de lidar com o amor. a armadilha é essa: a defesa no momento da entrega. não é que não possa doer. simplesmente não há outra forma.

e tenho quase a certeza de que nunca tinha comentado um texto destes. é um pouco estúpido, reconheço. mas não foi gratuito.

P. disse...

ainda estou para conseguir amar assim, mais conscientemente.

Sendyourlove disse...

...digo mais, não sei se amo muito ou se nunca mais amei...
...o coração nem sempre bate ritmado...
...aprender a acreditar no amor de uma forma prática parece-me um grande passo...
... mas sinto qie perdemos alguma coisa ao deixar de ter a capacidade de acreditar no amor como o faziamos na adolescencia... não lhe damos o espaço, a loucura, a imprevisibilidade...
...mas ganhamos na falta de lagrimas ou dores agudas...

Fabulosa disse...

os anos passam, a humanidade e sociedade evoluem e lá continuamos a escrever sobre os mesmos temas. os tempos podem ser outros mas o que nos "impele" continua a ser o mesmo! ;)

Fabulosa disse...

p.s.: amar não é tão fácil nem tão difícil quanto parece. basta deixar... acontecer! =)

Luzia disse...

Amar pode ser ao mesmo tempo simples e dificil, porque senti-lo pode ser fácil, manter o amor pode ser complicado, é necessário trabalhar para isso, comprometer, ceder sem perdermos o que é importante para nós...

Jessica disse...

é a melhor descrição do meu current mood!