quarta-feira, março 19, 2008

Meus putos:

Não existem viagens infinitas. Só nos sonhos. De resto, todas as aventuras têm um fim. Se forem boas, se valerem a pena, a última investida é apenas a chave que fecha o baú das recordações. Mas se forem dias e noites em que a terra gira ao contrário e em que os rios correm para o mar, serão sempre travessias inesquecíveis, prontas a saltar-te das veias a cada respirar. A vida é uma luta constante para nunca deixar de usar o verbo "viver" no presente. Quando vivemos tudo intensamente, somos maiores que os Deuses. E é desses instantes que são feitas as memórias que se erguem connosco a cada acordar. 

Sei que dizem comigo: "Nunca esquecerei. Tu és parte da minha história."

7 comentários:

Suzi disse...

"...todas as aventuras têm um fim", mas se desviarmos, no curso, andarmos por trilhas alternativas, quem sabe retardemos o momento do fim e exista a sensação de que, dando voltas, o caminho não acaba...

;o)

Hélio disse...

Mas o melhor, é que essa "luta constante" é a única maneira que podemos viver. Vivemos no Agora, por muito que as memórias do Passado nos queiram agarrar... Por muito que se queira, nesses casos, trazer o Passado para o Agora, é sempre (aí sim) uma luta inglória...

PrimaNocte disse...

Post muito, mas mesmo muito bom!

Revi-me em cada frase.

Clepsydra disse...

As memórias são o tempo vivo, condensado em nós. Não sei se os outros dizem sempre, "nunca esquecerei", mas eu sei quem é que constantemente lembro e isso não me pode ser subtraído, faz parte da minha história...

criptog disse...

E assim na metaviagem, a viagem das viagens, tens algumas que se ligam a todas as outras.
:)

MiSs Detective disse...

muito bom, mais uma vez!

Joana disse...

Vou fazer um coment 3 em 1.
Gosto tanto quando escreves assim, neste post e nos outros dois ali atrás.
Este é o meu statement.