Ai vocês dão, é?

De um emprego para mim e para os meus amigos igualmente parasitas, de saúde, de paz, de dinheiro, de dias de sol, de músicas boas, de livros fantásticos, de acabar de ler os livros fantásticos que tenho pendentes, de ver o meu Sporting sair da crise e ganhar qualquer coisinha, de Funtastic Life de borla, de um carro novo, de uns Manolo, de ganhar o Euromilhões, de começar a jogar no Euromilhões, de fazer Índia-Laos-Cambodja-Vietname, de noites bem passadas a dançar e a conversar, de viver seis meses em Nova Iorque e outros seis no Rio, de ter muito dinheiro para ajudar quem precisa, de arranjar coragem para começar a fazer voluntariado, de encontrar um grande amor, de aprender a falar espanhol e mandarim, de conseguir evitar as malditas barrinhas de Kinder que devoro semana sim semana sim, de me deixar encantar com bons filmes, de descobrir novos restaurantes, de esquecer o passado, de pensar no futuro, de passar tempo com quem gosta de mim, de mandar à merda quem me chatear muito a cabeça, de mimar os meus pais, de visitar as minhas avós, de aproveitar cada dia, e, acima de tudo, preciso de viver, mais do que estar viva. Isso é que era Optimus.