sábado, julho 15, 2006

Há dias...

... em que me apetece mandar tudo à merda e viver como o gajo do "Trainspotting", que resolveu fazer um manguito à sociedade e às escolhas que nos impõe. Para o raio que o parta a insistência em ter de fazer isto ou aquilo, em ter de escolher carne ou peixe, todos os dias, a toda a hora; que chatice a história de ter de viver à semelhança dos outros, com um caminho certinho e já definido, só falta ter um árbitro a dizer como percorrê-lo da melhor maneira... NÃO! MAS É QUE NÃO MESMO! Por que é que neste mundinho finito, toda a gente finita passa a sua vida finita a preocupar-se com a vida de toda a gente?! Por que é que me perguntam, constantemente, se "já tenho emprego", se "estou bem assim", "porque deixei a revista" (mesmo se as razões sejam mais públicas na minha pequena comunidade de amigos/conhecidos/olás e afins do que o 4º lugar de Portugal no Campeonato do Mundo...), "o que penso fazer a seguir", etc, etc, etc... CHEGA! PAROU! Alguém lá em cima ponha um travão neste pessoal que vive mais a vida dos outros do que a sua, se não qualquer dia destes rebento e digo-lhes mesmo o que estou a pensar: "VÃO CHATEAR OUTRO!" (frase quase-simpática, inofensiva, em substituição do "Vão apanhar no cú!", que era o que a situação pedia, mas que pode parecer demasiado ofensivo, e em mega substituição do "Vão-se F****!", que me deixaria com o rótulo de pessoa bastante mal-educada...). É, é isso mesmo: "Choose life, choose a job, choose a family, choose a fucking big television..." FUCK IT. Não escolho nada e escolho o que eu quiser, quando eu quiser. Os coscuvilheiros de serviço que continuem com as suas novelas, que eu estou-me, literal e escritamente, a cagar para eles. Tenho dito.


DON'T CHOOSE, JUST LIVE.

me dixit

6 comentários:

criptog disse...

"- Porquê? Fernão, porquê? - perguntava-lhe a mãe. Por que não podes ser como o resto do bando? Por que não deixas os voos rasos para os pelicanos e para o albatroz?
Porque não comes?
Filho, és só penas e osso!
- Não me importo de ser apenas ossos, mãe. Só quero saber aquilo que consigo fazer no ar, e o que não consigo, mais nada. Só quero saber."
("Fernão Capelo Gaivota" - Richard Bach)

A dificuldade do confronto com a incerteza do resultado das opções não se deve às perguntas nem a quem as faz! E perceber por que há quem faça essas perguntas também faz parte do percurso. O ignorar dessas questões também é uma opção, mas não a que leva à compreensão das respostas.

Bons voos!

:)

amarga disse...

mais nada..:)mas nem sempre é assim tao facil...

Miss K. disse...

Ainda bem que há quem queira "voar" como eu, sem ninguém a dar-me constantes puxões nas asas...

Anónimo disse...

:) tenho este poster. E comprei-o... já me lembro, aos indios das docas. aqueles dos cãezinhos de pilhas q saltam e que estão mesmo a pedir um xuto p o rio. Estavam a fazer uma promoção :) Xi, as docas, há qt milénios... será q ainda tenho o poster? tenho de confirmar. Quanto às perguntas q te fazem... enquanto essas perguntas te continuarem a irritar (desculpa K) n conseguirás voar realmente. Estou atento a ti. Enquanto aqui vier não te deixarei cair à terra, mas só tu própria, querendo, sabendo e podendo, conseguirás elevar-te acima das nuvens. Até já.

Anónimo disse...

cOscuvilheiros, e não "cuscuvilheiros".

"cuscuvilheiros" remete para o "cous cous", que é um dos meus pitéus favoritos.

Miss K. disse...

Ainda bem que estás atento a mim... K dixit.

Gustavo, obrigada pela correcção. Vou já fazer a devida alteração.