segunda-feira, agosto 25, 2008

Ir aos Jogos Olímpicos não significa ser-se atleta olímpico

Pois não. Senão a delegação portuguesa estava cheia deles, e o que nós tínhamos era uma cambada de Arnaldos e Marcos que queriam ir à China porque doutra maneira nunca lá iriam pôr o cú. ["Não me adaptei àquele lado do campo, onde havia um pouco de vento"] Senão, expliquem-me como é que uma lançadora de martelo, partindo do princípio que em pleno século XXI ainda alguém se quer dedicar a esse tipo de modalidade, vai a Pequim aos Óscares do desporto e fica a 9,42 metros do seu máximo? Chama-se falta de querer. ["A única explicação é que, infelizmente, não sou muito dada a este tipo de competições"] Mais, chama-se total inexistência de espírito olímpico, ou espírito desportivo, ou espírito vencedor, ou... apenas espírito. Não sei como ainda há quem se dê ao trabalho de pôr o despertador para as tantas da manhã para ver uma atleta ser eliminada dos 3000 metros barreiras, e desistir dos 5000 porque ["Não vale a pena lutar contra as africanasVou de férias"] Como se alguém, depois de envergonhar as cores do país que veste, merecesse descanso. Uma vez que não dá fogueira, dá serviço público - não praticar desporto como profissional, não falar em público, não representar Portugal, voltar à escola, etc, etc. ["Foi bom ter apanhado aqui este banhozinho, esta tareiazinha, e agora ir para casa descansar"] Pensando bem, o que há de errado com o fogo? Temperaturas mais calientes nunca fizeram mal a ninguém, e o Fortes, essa mancha obesa que lança o peso no sentido masculino da coisa, é o expoente máximo da estupidez e falta de bom-senso. ["De manhã, só é bom na caminha. Pelo menos comigo"] Isso, Fortes, isso. Diz mais coisas dessas, e podes entregar a tocha à Telma Monteiro, que numa insólita aproximação ao mundo do futebol, se queixou da arbitragem, nos seus dois combates de... judo. ["A égua entrou em histeria com medo do ecrã"] À falta de televisores aqui no paraíso equestre, aviso este corajoso cavaleiro que euzinha, para nem me dar a hipótese de entrar em hiperventilação, nunca liguei o meu fabulástico LCD. Nisto de contar com portugueses para alguma coisa, já se sabe que não vale a pena. Pior ainda se lhes damos a chance de abrir a boca. Sai sempre asneira. E é uma pena, porque nesta história de ganhar estamos confinados à Vanessa Fernandes, a única com sangue de campeã, e a mais um ou dois que vão trocando de posto. Destes Jogos só se trouxe uma certeza: ficaram, por certo, muitos atletas em casa. É vergonhoso.

1 comentário:

Carlos Rangel disse...

Vergonha mesmo! Ao menos que se superassem a eles próprios e não fossem para lá fazer férias... Bjs.