sábado, julho 26, 2008

911

Às vezes passo com a mão por cima da cicatriz pequena e lembro-me. Lembro-me de como eram os dias há pouco mais de um ano atrás, quando ela ainda não estava aqui. Era o tempo dos sonhos por cumprir, da vida cheia de pressa por fazer as coisas. Depois, sem saber como, o destino entrou-me em casa e disse que estava farto de esperar, que não queria seguir este caminho. Agora os dias têm menos horas e a noite chega mais cedo. E ao longe, na estrada, o carro que continuava a passar quando já não havia ninguém, foi-se embora para nunca mais. 

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