O país e o mundo acordaram para a Birmânia
A 10 de Junho de 1963, o fotógrafo Malcolm Browne tirou esta fotografia numa rua movimentada, em Saigão. A imagem do budista monk Thich Quang Duc, em chamas, acabou por se tornar mundialmente famosa: foi queimando-se a si próprio que Duc conseguiu chamar a atenção para a forma como o Governo norte-americano (católico, era do Vietname) tratava os budistas monks.
Não terá mudado muita coisa, já que 44 anos depois centenas de budistas têm saído às ruas para tentar dar voz ao desalento de raiva para com a Junta Militar, que tiranicamente governa o país. Os protestos, que levam a conflitos, agora passam na televisão. Os das multidões, claro. Os que têm tiros e sangue e senhoras a chorar.
Com um Nobel da Paz e a lutar por o dia em que respirará por si própria, Aung San Suu Kyi continua presa desde que foi eleita Primeira-Ministra, em 1990. Tem permissão para sair de casa desde 1995, mas se deixar o país porque escolheu dar o sangue, e a força, e a vida, nunca mais poderá voltar. Os filhos, e o resto da família, estão em Inglaterra. E ela, onde estará ela?
No meio disto, que é nada de tanta coisa feia, morrem crianças, homens e mulheres, e matam-se uns aos outros, eles mesmos, crianças, homens e mulheres. Quantos Iraques foram precisos para descobrirem isto?
5 comentários:
grande remate!
Olhando para a fotografia, apetece dizer que mais vale um cobarde vivo do que um herói morto!
O que é um "budista monk"? É diferente de ser um monge budista?
Há uma ligeira diferença entre dizer que o protesto de Quang Duc era contra o Governo norte-americano ou o Governo do Vietname do Sul (apoiado pelos EUA), que tratava mal os "budistas monks".
E o que tem o Vietname e os EUA a ver com a Birmânia?! E o Iraque...?
E deixe lá a San Suu Kyi lutar PELO (e não "por o") dia em que respirará por si própria, que isto não ajuda muito.
Monge Monk:
Volta a ler o texto, se quiseres, e depois experimenta comentar de novo. Talvez nessa altura tenha algum sentido a tua opiniao (estou em Londres, a manifestar-me contra a falta de acentos). Hasta.
o mundo é um lugar estranho....
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demais.........................
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