Shanghai by night

All that you can eat (and drink) num restaurante chino-japonês vazio de pessoas, de ambiente, frio como o iceberg em que bateu o Titanic. Uma mesa cheia de gente bem disposta que transforma aquilo numa casa portuguesa. Virar copos tantas vezes quantos os copos que iam aparecendo. Mais cerveja. Mais sake. Mais... Três empregadas, decerto gémeas porque não se lhes encontrava nenhuma diferença, lá nos conseguiram expulsar perto da uma hora - à base do berro, porque aqui não se fala, grita-se. Táxi, pronúncias estranhas uma vez mais, e Glamour. A música parou no tempo, mas o espaço é fashion-does-this-look-like-US-or-French-style?, e mistura Ocidente e Oriente como só Shanghai consegue fazer. Mas estamos todos, mesmo que eu seja a infiltrada, por isso sim, divertimo-nos. Dançamos coisas que nem me lembrava do som - e por esta hora já toda a gente tem mais álcool no sangue do que o bêbado que nos pedia dinheiro à porta. Não, antes que comecem com filmes aqui a Miss K. não bebe. Astuta que só ela, sabe que muita bebida dá asneira, e assim à terceira ou quarta imperial encerra a oficina. Próxima paragem: Attica (se não estiver a escrever bem, depois venho cá corrigir - é que estes lords of the rings chineses têm o blogspot censurado, o que faz com que a maioria das vezes nem consiga ver o que escrevo, porque não dá para abrir o blog...). Primeira impressão da disco - sem dizer uma única sílaba em chinês, lá convenci o porteiro a deixar-me entrar sem pagar (não Lux, nunca te trairei!)! Depois foi sempre a subir - se já estávamos num 11º andar, aquela varanda com vista para o Bund é de trazer a respiração de volta. Sem máquina, sem palavras, sem nada. Só vai ficar na memória. De volta à sala escura das luzes que vão e voltam, música com as minhas medidas, a Rita, a Maria e o Paulo sempre uns queridos (nem vos conto onde andavam os outros...), só que o cansaço aperta... Casa? Noite curta, daqui a uma hora amanhece, e são só quatro e picos... Valeu!