Estou mesmo na China!
Acordar à mesma hora que os meninos. Ontem foi noite de despedida do André, no Zapata's, mas aqui a litlle K. não se aguentou nas canetas e veio para casa em menos de nada. Diz que a viagem do André até ao aeroporto foi complicada, qualquer coisa relacionada com comida chinesa a horas impróprias, não sei... Whatever... Recomeçando: acordar à mesma hora que os meninos, tomar o pequeno-almoço como se a palavra sono não fizesse parte do meu dicionário e, mal os três saem de casa... cama! Uma horinha extra nunca fez mal a ninguém, certo? Agora sim. Saio para a rua, preparada para enfrentar o meu primeiro dia sozinha em solo chinês. Tento comprar um cartão para o telemóvel de cá, mas isso é uma batalha mais difícil do que a guerra do Vietname: ninguém fala inglês. N-I-N-G-U-É-M. E, pior que isso, estão-se todos literalmente a cagar para esse pormenorzinho. Não nos percebes? Temos pena... Ganhei o meu primeiro campeonato pessoal da paciência quando perdi uma hora e meia para adquirir, em vão, o dito cujo, e todos os olhos em bico olhavam para mim com cara de comunistas comprometidos. Bah! para eles todos. Adiante... Dou por mim com fome e páro no primeiro Starbucks que encontro (ah pois é, isto é um de esquina em esquina, será que estou em NY e ainda não me apercebi?) para comer qualquer coisa rápida, e de sorriso não amarelo: aqui englisha-se! Estou numa avenida gigante, moderna, que de Oriental só tem mesmo os caracteres, edifícios para os quais o céu é o limite, lojas e mais lojas (lá começaram as comprinhas...), bicicletas a passarem por mim, matarem-me primeiro e a pedirem desculpa depois, e no meio deste mundo, eu. Sozinha, a tirar fotos a tudo o que achava diferente (isto é um contra-senso, aqui tudo é diferente), perdida nas horas, a fazer o caminho de volta a casa - quatro quilómetros no total. Nada mau para quem esteve quase 48 horas sem dormir, um dia antes... Penthouse, sofá, i-pod, e em menos de nada adormeço. Que bom... Às 20:30 tínhamos o jantar de despedida de um amigo do Kelly inc, o turco menos turco que há neste planeta. Depois de umas horas bem passadas, à volta de uma mesa redonda com um candeeiro dourado sobre nós, seguimos o anfitrião com voz de Borat até ao Windows, para o prolongamento do adeus. Shanghai 1 - Not Shanghai 0
1 comentário:
Eu estive na China 2 meses e foi a experiencia da minha vida, a unica que me leva a falar dias seguidos de coisas que só o oriente tem. Aproveita muito e vai mostrando um bocadinho para matar saudades :)
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