sexta-feira, abril 06, 2007

É isto

Vem a voar como o vento,
Corre por fora e por dentro,
Esconde-se num mundo secreto
Para te deixar um buraco - aberto.
Não pede licença, não pede perdão, não se apresenta, não dizes que não
E o ar que te procurou é o mesmo que te sufocou
Ferida aberta, dúvida incerta

Vem a voar como o vento - vum, vum, vum

Podem ser máquinas, podem ser deuses
Deixa-te espaço nenhum
E perdes-te em todos eles

Mas o vento que vem é o vento que vai
Como nunca a chuva é a mesma que cai
No olho do furacão és só tu
Na água que corre por ti és só tu
Só que há sempre uma luz que te espera - o sol
E te repesca para a vida, como se fosse um anzol.

3 comentários:

Joana disse...

mas é que é isso mesmo!
:)


"E o ar que te procurou é o mesmo que te sufocou"

so, so true!
:)

miak disse...

Não é que gostei...muito...

criptog disse...

Foi um pouco difícil visualizar um significado para esse simbolismo. Certamente será uma interpretação diferente, mas aqui vai o meu comentário:

(talvez soe demasiado confuso)

Tu também és o vento ... ora foges e desapareces, ora te fechas e não te libertas. As duas partes sempre se reencontram, mas por vezes o problema é a recorrente projecção de consciência em apenas uma das partes ... não te esqueças que também podes ser o Sol brilhando sobre ti própria.

Nice text!
:)