segunda-feira, abril 30, 2007

Dexter:

Deixemo-nos de merdas. Nós passamos a vida a embirrar um com o outro - é a nossa forma de gostar, vai ser sempre assim. Mas é uma embirrar saudável, inteligente, quase de competição, que acaba inevitavelmente na gargalhada. Ou no "tu és uma besta". Sendo que este besta é a nossa forma carinhosa de dizer "ó pessoa parva que eu adoro, pára lá com isso que já me estás a enervar!". Errei por muito ou fui directa ao alvo? Depois dizes-me. Às vezes fico a magicar como é que dois seres humanos conseguem estar tanta hora a teclar e a falar, dia adentro e noite afora (acabei de inventar esta, Dexter, shotgun, é minha), e no meio de tantos insultos e crispações não pegam numa M-16 e vão a casa um do outro para se matarem? Ah! Porque não têm a dita cuja, claro. Pelo menos eu não tenho. Tens? Tu não me assustes, Dexter... É giro, não é? Ficámos assim com uma amizade estúpida e dependente de um momento para o outro, sem saber como nem porquê, e quando demos por nós estávamos... Alto e pára o baile! Tu és um birrento, sabias? Mimado-mais-mimado é impossível. Puf... Não pares de ler, amuadinho! Contudo, conheço poucas pessoas que saibam argumentar/engatar/ levar-a-sua-avante-melhor, desconheço melhores ouvintes, nunca conheci ninguém com tanta paciência para mim (e para a perder em tão pouco tempo, verdade seja escrita), não sei se existirão bon vivants da tua excelência, não imagino muitos mini-trintas com a tua garra e paixão pelo trabalho, perco-me a pensar em melhores companheiros de café e jantares, de praias e noites e, principalmente, nunca vi ninguém com o teu gosto de viver, com a tua paixão pela vida. Isso, nunca. Se foi essa energia que me contagiou em ti, e me fez pensar, "este meio metro é um gajo porreiro", não sei. A verdade é que desde o primeiro minuto a carinha enervante que julgava que tinhas se transformou na imagem de uma das pessoas mais especiais para mim, daquelas que valem a pena, como eu escrevo muitas vezes. Porém, como sei que detestas fazer parte do pacote geral, vou tentar arranjar maneira de pôr a nossa amizade de uma forma que não pareça pirosa, e substituir a minha expressão de sempre. Deixa-me pensar. Dá-me dois minutos. Que coisa, não fiques a olhar para mim com essa cara, tu sabes que eu te adoro, escrevo já, espera... Olha, não sei. De cada vez que me acontece alguma coisa boa, eu ligo-te. Quando a coisa é má, também. Depois há outras que não te conto. Tenho vergonha. Tu, então, não me contas quase nada. Sabes pouco, sabes... Com esse sorrisinho maroto, a dizer que não gostas de ser tratado como um attachement. Só tu! Querido... Hey Jude. The Greatest. Rebellion (Lies). Mardy Bum. A música do teu telefone. Porra, bloqueei. Dexter, para onde quer que a vida vá, por onde quer que o tempo nos leve, you're irreplacable. C'est ça.

5 comentários:

PrimaNocte disse...

Tenho uma amizade tal qual a que esta descrita. E muito bom!

Patrícia disse...

subscrevo o comentário anterior.... a única diferença é que quem não conta sou eu! mas de resto é sem tirar nem por!

;)

Patrícia disse...

subscrevo o comentário anterior! a única diferença é que sou eu quem não conta, porque de resó é sem tirar nem pôr!

;)

amarga disse...

Apesar de nao andar a comentar, nao penses que me esqueci de ti.Paragem mais que obrigatoria para terminar bem o dia:). Tenho visto que andas em altas!Parabens pelo artigo e tou a ver que vais para a China, e isso só podem ser boas noticias!O Dexter deve tar a babar com a Amiga Kate!Lindo!:)

pinky disse...

será o mesmo dexter q conheço?! não deve haver muitos por lx...