Aaaaahhhhhh

Ok. Está bem. Parece-me justo. É Natal, por isso cada um faz o que lhe dá na veneta. Óbvio. O Carnaval de Dezembro, claro. Uma antecipação da parolada para os outros 11 meses, muito bem. Ou não. Quando todos julgávamos que já tínhamos visto tudo, eis que alguém mesmo sem nada para fazer (exemplo prático: eu, parasita social desde finais de Maio, a multiplicar por 70 - quriam o 69, não era seus malandros?) se decide barricar na ponte 25 de Abril (quando eu for muito, mas muito experiente e adulta hei-de perceber qual é o sentido de escolher um tapete de não sei quantos quilómetros, ao ar livre, como sala de birras...) e instalar o caos em todas as estradas que lá vão desaguar. Resultado? Lisboa, cidade-metáfora da expressão trânsito caótico, é tomada pelo supra-sumo trânsito infernal, em que todas os caminhos ficam atafulhados de carros, sem pista de escape. O que é que a SIC-Notícias, sempre tão atenta as minudências, devia ter feito? Passar de quatro em quatro minutos o aviso "Aconselham-se todos os condutores que tomem menos de cinco caixas de Xanax por dia a ficar em casa". Mas não. A televisão não fez nada, e na rádio disseram apenas que o "tráfego estava congestionado nas zonas habituais". Uns queridos, estes senhores. Cá para mim eles também se decidiram barricar das redacções para dar um pulinho ao Colombo e familiares... São 23:40, isso não interessa nada, pensam vocês. Só que estão enganados. Muito enganados. Quem saiu de casa às cinco da tarde, para fazer um percurso de 15 minutos, e só conseguiu cumprir os seus intentos há dez minutos atrás, quer saber mais do assunto do dia. Por isso, segue a normal pergunta de quem chegou de tal modo tarde a casa que não soube o resto dos desenvolvimentos: alguém teve a feliz ideia de empurrar o gajo para o rio Tejo?!